RPO de Horas vs. Segundos, Por que Backup não é Disaster Recovery

Muitos gestores de TI dormem tranquilos acreditando em uma premissa perigosa: "Eu tenho backup diário. Se algo der errado, estou seguro."

Essa falsa sensação de segurança desmorona no momento do desastre. Imagine que um ataque de Ransomware criptografa seu servidor de banco de dados (ERP, E-commerce) hoje, às 16:00. Seu "backup seguro" rodou ontem, às 23:00.

Você acaba de perder 17 horas de trabalho. Vendas, notas fiscais, cadastros de clientes... tudo o que foi feito hoje evaporou. E pior: quanto tempo você levará para provisionar um novo servidor, instalar o S.O., configurar o banco e restaurar esse backup de ontem? 24 horas? 48 horas?

O mercado confunde "recuperação de dados" (Backup) com "continuidade de negócio" (Disaster Recovery). A diferença entre os dois é medida por duas métricas que definem o custo de uma parada: RPO e RTO.

Desmistificando a Sopa de Letrinhas: O que são RPO e RTO?

Antes de comparar soluções, precisamos falar a língua da continuidade de negócios.

1. RPO (Recovery Point Objective)

Esta é a métrica da perda de dados.

• A Pergunta-Chave: "Quanto tempo de dados minha empresa aceita perder?"

• Exemplo (Backup): Se seu backup roda apenas à noite, seu RPO é de 24 horas. Você está, conscientemente, aceitando perder até 24 horas de dados. Para um e-commerce, isso é o fim do negócio.

2. RTO (Recovery Time Objective)

Esta é a métrica do tempo de parada.

• A Pergunta-Chave: "Em quanto tempo minha aplicação precisa estar no ar após o desastre?"

• Exemplo (Backup): Seu RTO não é o tempo de restaurar o dado. É o tempo de (1) comprar um novo hardware se o seu queimou, (2) instalar o S.O. e softwares, (3) configurar a rede e (4) então restaurar o backup. Seu RTO pode ser de 2 dias.

O Papel do Backup (BaaS): Foco em Recuperação e Histórico

Um backup tradicional (BaaS - Backup as a Service) é essencial, mas seu objetivo é a recuperação de dados (point-in-time).

• Caso de Uso: Um usuário deletou um arquivo importante sem querer. Você precisa buscar a versão de 3 dias atrás.

• Como funciona: Ele cria "snapshots" (fotos) dos seus dados ou VMs em intervalos programados (ex: 1x ao dia).

• A Limitação:

  • RPO Alto: Horas ou dias.

  • RTO Alto: Horas ou dias.

Backup é como o cofre do banco. Ele guarda seu histórico, mas não te ajuda a manter a loja aberta durante o assalto.

O Poder da Replicação (DRaaS): Foco em Continuidade

É aqui que entra a Replicação de Dados, a base de um verdadeiro plano de Disaster Recovery (DRaaS - Disaster Recovery as a Service).

Replicação não é "cópia". É "espelhamento".

• Caso de Uso: Seu servidor de produção (ERP, API, E-commerce) falha totalmente (Ransomware, falha de hardware, incêndio).

• Como funciona: A tecnologia de replicação da Macromind não faz "fotos" diárias. Ela captura as alterações nos blocos de dados (VMs, discos) em tempo real (ou quase real) e as envia para um ambiente secundário seguro em nosso Data Center.

• A Vantagem Técnica:

  • RPO de Segundos: A replicação usa journaling (um "diário" de alterações). Se o Ransomware atacou às 16:00:00, podemos "voltar o filme" para os checkpoints de 15:59:50. A perda de dados (RPO) é quase nula.

  • RTO de Minutos: Isso é o Failover. Não vamos "restaurar" um backup. Vamos simplesmente ligar a sua VM replicada, que já está pronta em nosso Data Center, e virar a chave (apontar a rede/DNS). Sua operação volta ao ar em minutos, não em dias.

Qual o RPO que o seu negócio exige?

Backup (BaaS) e Replicação (DRaaS) não são concorrentes. São ferramentas diferentes para dores diferentes.

Você não precisa de RPO de segundos para seu servidor de arquivos interno. Mas você absolutamente precisa para seu ERP, seu banco de dados de clientes ou seu E-commerce. Tentar proteger uma aplicação crítica com RPO de 24 horas é uma aposta gerencial que não se sustenta.

O papel da consultoria da Macromind não é vender "Replicação". É sentar com você, Gestor de TI, e perguntar:

"Qual é o RPO e RTO que o seu negócio exige para sobreviver?"

Com base nessa resposta, nós desenhamos a solução de Disaster Recovery (DRaaS) que garante a sua continuidade, transformando métricas técnicas (RPO/RTO) em valor de negócio real (operação ininterrupta).

Não espere o desastre para descobrir qual era o seu RPO. Se sua aplicação crítica não pode parar, você não precisa de um backup melhor; você precisa de um plano de replicação.

Fale com nossos especialistas em DRaaS e desenhe sua estratégia de Continuidade de Negócio.