- Alex Reissler
- 12 de dezembro de 2024, às 16:41
A cibersegurança deixou de ser apenas uma preocupação técnica para se tornar uma prioridade estratégica para empresas, governos e organizações no mundo todo. Nos últimos anos, os crimes digitais ganharam um novo nível de sofisticação: ataques mais organizados, direcionados e com impactos financeiros e geopolíticos cada vez maiores.
Segundo o relatório mais recente da HackerSec, os grupos de ransomware estão mais estruturados do que nunca, operando como verdadeiras organizações criminosas. Isso explica por que empresas de todos os portes, independentemente do segmento, estão mais vulneráveis do que nunca.
No Brasil, o cenário é ainda mais crítico: em 2024, foram mais de 120 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos, segundo dados da Fortinet. Isso coloca o país entre os líderes globais em volume de incidentes.
O crescimento dos ataques é exponencial:
38% de aumento nos ciberataques semanais no mundo em 2022, segundo a Check Point Research.
Estimativa de US$ 10,5 trilhões em prejuízos globais até 2025 devido ao cibercrime, de acordo com a Cybersecurity Ventures.
Mais de 493 milhões de ataques de ransomware registrados em 2022, segundo a Statista.
Na América Latina, a Fortinet registrou 360 bilhões de tentativas de ataques — o Brasil sozinho teve mais de 103 bilhões.
Empresas que não modernizam sua infraestrutura cloud e não adotam camadas de proteção robustas estão cada vez mais expostas.
Cibercriminosos escolhem alvos onde o impacto é maior: saúde, tecnologia, energia e governo são os setores mais afetados no Brasil. Entenda por que:
O setor de saúde é um dos principais alvos, com um crescimento de 5% nos ataques de ransomware entre 2021 e 2022.
O motivo? Dados de pacientes são extremamente valiosos: históricos médicos, números de benefícios, informações de planos de saúde e dados financeiros são vendidos em mercados clandestinos por altos valores.
O Brasil lidera os ataques cibernéticos nesse segmento, com uma média de 1.613 incidentes por semana. Além disso, parte dos dados de hospitais e clínicas está integrada a sistemas públicos como o SUS, que, devido à falta de investimentos em segurança, tornam-se ainda mais vulneráveis.
O que fazer: implementar segmentação de infraestrutura, investir em camadas extras de proteção e conscientizar equipes sobre boas práticas de segurança.
O setor de tecnologia cresce de forma acelerada no Brasil, impulsionado pela expansão do 5G e pela demanda por soluções SaaS e cloud computing. Porém, o aumento da conectividade trouxe riscos igualmente altos: aplicações web, mobile e APIs estão na mira dos hackers.
Além disso, a escassez de profissionais especializados e a pressão por fazer mais com menos — consequência da desaceleração global e dos cortes de orçamento — aumentam a exposição a falhas de segurança.
Principais desafios do setor:
Ataques a aplicações web e mobile;
Vulnerabilidades em APIs e integrações;
Escassez de profissionais de segurança;
Acesso remoto inseguro e má gestão de identidades digitais.
Empresas que ainda tratam cibersegurança como custo estão em risco. A proteção precisa ser estratégia de negócio — especialmente quando há dados sensíveis, ambientes multicloud e infraestruturas críticas envolvidas.
A matriz energética brasileira tem uma característica única: mais de 80% da geração elétrica vem de fontes renováveis, o que aumenta a dependência de sistemas digitais para monitoramento e controle de operação. Isso, por sua vez, expõe o setor a riscos severos.
Conforme a ANEEL, os principais impactos de ataques cibernéticos nesse segmento incluem interrupção no fornecimento de energia, inviabilização de operações técnicas e perda de dados estratégicos.
Por isso, a ANEEL e o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) criaram o ARCiber — um programa de padrões obrigatórios de segurança para agentes e operadores do setor.
O que fazer: investir em infraestrutura cloud segura, implementar camadas de redundância e ter planos de disaster recovery bem definidos.
O setor governamental é um dos mais atacados no Brasil e no mundo. No segundo semestre de 2022, o número de incidentes cresceu 95% globalmente. Grupos de ransomware atuam inclusive como agentes de estado-nação, com interesses políticos e financeiros.
No Brasil, ataques a sites e sistemas governamentais ligados ao poder judiciário e órgãos públicos têm sido frequentes. Informações sigilosas, bancos de dados com milhões de registros e falhas de infraestrutura tornam esses ambientes alvos de phishing direcionado, ransomware e hacktivismo.
O que fazer: reforçar controles de acesso, adotar soluções de monitoramento em tempo real e implementar protocolos de contingência.
As ameaças digitais estão crescendo e as empresas precisam evoluir mais rápido que os atacantes. Investir em tecnologias de segurança significa proteger:
Dados confidenciais – registros financeiros, propriedade intelectual, dados de clientes e contratos.
Continuidade operacional – evitar paralisações e reduzir impactos de incidentes.
Conformidade regulatória – atender exigências da LGPD e de normas internacionais.
Confiança do cliente – manter a credibilidade da marca e fortalecer o relacionamento.
Vantagem competitiva – empresas mais seguras tomam decisões mais rápidas e reduzem riscos.
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